sábado, 4 de dezembro de 2010

Informação e as mídias eletrônicas

Durante o semestre, diversos temas foram tratados aqui, todos relacionados com a influencia das TICs no nosso cotidiano. A maneira como a tecnologia se incorporou e foi incorporada ao nosso modo de vida é muito forte. Estamos no processo evolutivo do "american way of life", sabe-se lá onde isso vai parar.

Mas estamos chegando aos extremos, novos transtornos e disturbios psicológicos surgiram nos ultimos anos, devido a dependencia dessas tecnologias. Passar um dia sem checar a caixa de emails, gera situações de stress. Qualquer pensamento precisa ser tuitado, blogado ou divulgado no facebook. Encontramos amigos na rua, e avisamos "te mandei um email". Uma pessoa esta "sumida", se nao encontramos ela nas redes sociais.
Não apenas incorporamos tudo isso no nosso cotidiano, também sofremos as consequencias diretas disto.
A verdade, é que toda essa virtualidade, que se torna mais real a cada dia, nos tornou interligados. Todos estamos navegando na mesma rede, utilizando as mesmas mídias, buscando os mesmo encontros que elas proporcionam.
Uma informação não está apenas em um lugar, e não existe apenas uma maneira de chegar até ela. A interconexão entre os diversos meios de comunicação distribuidos nas diferentes mídias é um fenômeno chamado Convergência Midiática.


A Convergência das Mídias é a interação e interconexão entre a imprensa, o rádio, a televisão, os telefones, os computadores e as tecnologias de rede. (...) é uma ligação harmoniosa dos chamados media tradicionais, num suporte digital, virtual, que é consubstanciado no suporte físico que é o computador pessoal, com a mais-valia da interatividade (MESQUITA, 1999).

Acredito que toda essa convergência traga muitas vantagens para o profissional da informação, existem mais possibilidades de consulta, busca e recuperação. Por outro lado, tantas possibilidades assim podem provocar ruído no processo de busca, é importante que o profissional tenha intimidade com as tecnologias, para usá-las a seu favor. Não apenas como uma ferramenta, mas uma ferramenta bem manejada.
É possível convergir as TICs e sistematizar o processo de busca e recuperação, facilitando assim a vida do usuário. Mas a circulação dos conteudos depende da participação dos consumidores. Ou seja, todos, o profissional da informação e o usuário devem se relacionar com e através destas tecnologias. É preciso que os consumidores destas mídias alimentem o processo de convergência, o que acabe sendo um processo natural quando se está em rede. Este fenômeno pode ser chamado de Cultura Participativa.
Com certeza esta convergência é um fenômeno natural, desencadeado pela interatividade que as midias digitais permitem. A própria evolução da comunicação traz novidades a cada hora, e elas se adaptam a determinada realidade, resolvendo questões, criando novas situações e mediando a informação entre o suporte e o usuário.



Referências

MESQUITA, João. Estudos sobre multimedia. Trabalho Individual para a cadeira de Medias Interactivos 1999. Disponível em: <http://www.citi.pt/estudos_multi/joao_mesquita/index.htm>. Acesso em 17 dez. 2010.

Briga de Redes

Vídeos que mostram a evolução do uso das redes sociais.
O grupo Tem Um Cara Nos Seguindo é um grupo de humor que nasceu no finalzinho de 2008.
Para saber mais, acesse:
http://www.temumcaranosseguindo.com/#252/vimeo








quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Revolução das Redes Sociais em 2010

Redes Sociais e Comunidades Virtuais

Redes de relacionamentos sempre existiram na história da humanidade. Não surgiram com a internet, apenas modificaram de formato, intensidade e abrangência.
A representação de uma rede é também a representação gráfica entre relações. Apresentam estrutura não hierárquica, horizontalizada e descentralizada.

As relações são de descentralização do poder e não há subordinação. Nas redes tem poder aqueles tem iniciativa e capacidade de estabelecer relações, conexões. A comunicação acontece em muitas direções e, apesar da mediação de tecnologias como a informática, seu fluxo não é controlado, apenas administrado. (AMARAL)

                                                
Participam da mesma rede, pessoas com interesses e/ou atividades em comum, são permeáveis, por isso não é possível definir com clareza exatamente o que une as pessoas nesses tipos de redes, pois geralmente existem mais de um fator envolvido.As redes cumprem a função comunicativa, acelerando a troca de contatos e informações. Quem participa de alguma dessas redes, está constantemente sociabilizando, informando e sendo informado por diversos meios.
As redes mais utilizados no Brasil são Orkut, Facebook, MySpace e Twitter, e possuem um crescimento constante.
Essa tecnologia mudou a maneira como as relações são estabelecidas, fazendo surgir o fenômeno das Comunidades Virtuais, que são apenas a efetivação dessas redes no espaço virtual. 
Essas comunidades virtuais não são construidas, nem administradas, elas de auto constroem e gerenciam.
Rompem a barreira física que os antigos meios de comunicação não alcançavam, tornando comum estabelecer relações com pessoas em países ou mesmo continentes diferentes.
Mas se por um lado, facilitam a troca de informações, por outro, tabém tornam essa mesma troca muito mais impessoal. Como afirma Primo, existe o temor "(...) que realidade virtual conste de um lugar asséptico, de informações precisas e pouco espontâneas, que possam destruir a sociabilidade."
Como profissional da informação, cabe ao bibliotecário recriar essa sociablidade, aliado a essas tecnologias da comunicação.





Referências

PRIMO, Alex Fernando Teixeira. A emergência das comunidades virtuais. In: Intercom 1997 - XX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 1997, Santos. Anais… Santos, 1997. Disponível em:<http://www.pesquisando.atraves-da.net/comunidades_virtuais.pdf>. Acesso em 20 nov. 2010.

Making of do Museu Virtual Anne Frank

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Webmuseus

O termo museu vem do latim "museum" que por sua vez se origina do grego "mouseion", denominação, na antiga Grécia, do templo ou santuário das musas. Segundo a mitologia grega, as musas eram as nove filhas de Mnemosine e Zeus. Cada uma delas, era portadora de determinado dom artístico: astronomia, dança, comédia, tragédia, música sacra, poesia lírica, música e história.
Atualmente os museus cumprem diversas funções, cada um com sua temática e objetivos, como afirma o Estatuto dos Museus:

Art. 1o  Consideram-se museus, para os efeitos desta Lei, as instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento. (BRASIL, 2009)


Existem museus com as temáticas mais diversas possíveis, como o Museu Internacional das Privadas, em Delhi, na Índia; o Mütter Museum, na Philadelphia, sobre mistérios médicos e doenças bizarras, e Museu da Banana, em Washington.

Museu Internacional das Privadas
No momento atual, em que as tecnologias de informaçao e comunicação ocupam espaços cada vez mais relevantes na sociedade, surgem os webmuseus, também chamados de cibermuseus, museus digitais ou museus virtuais. Existem dois formatos principais desse tipo de instiuição, os que apresentam no site, a possibilidade de visitas virtuais, como réplicas ao museu original, e também instituições sem equivalência no mundo físico, mas com acervos e estrutura semelhante a um museu tradicional.

Na verdade, não me conforta a idéia que um museu exista apenas na rede, que seja apenas um espaço virtual, pois isso não permite a interatividade com o visitante. É muito válido que grandes museus ofereçam visitas virtuais, isso aproxima os usuários, curiosos e interessados podem ter acesso a espaços fisicamente distantes. Mas criar um museu apenas no mundo virtual, afasta o usuário, acaba com o caráter lúdico e interativo do museu. Mas o tempo está ai, e freiar o avanço da tecnologia, e o fascínio que ela desperta nas pessoas é tarefa impossível.
Já realizei visitas virtuais a alguns museus, o óbvio Louvre, é muito interessante, mas o site demora muito para carregar, e só tem as opções de língua em inglês ou francês.
Mas é possível uma exposição virtual ser interativa como uma presencial? Não creio nisso. Testei alguns sites de museus com exposições virtuais, e só era possível visualizar no sistema operacional Windows e baixando determinados programas. Usuários de software livre teriam dificuldade. Mas como não existem determinações específicas para exposições virtuais, é possível encontrar desde apresentações de power point, até fotografias em blogs com esta autodenominação.
Mas seja em qualquer formato, o museu é um aparato informacional, ele dissemina informação, comunica, preserva, expõe e conta uma história.

Referências

BRASIL. Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009. Institui o Estatuto de Museus e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11904.htm>. Acesso em 24 nov. 2010.

EXPOSIÇÕES. Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Disponível em: <http://www.ihgrgs.org.br/>. Acesso em 24 nov. 2010.

LOUREIRO, Maria Lucia de Niemeyer Matheus. Webmuseus de arte: aparatos informacionais no ciberespaço. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 2, p. 97-105, maio/ago. 2004

OLHAR da primavera. Museu de arte de Belém. Disponível em: <http://www.olhardaprimavera.blogspot.com/>. Acesso em 24 nov. 2010.