segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Webmuseus

O termo museu vem do latim "museum" que por sua vez se origina do grego "mouseion", denominação, na antiga Grécia, do templo ou santuário das musas. Segundo a mitologia grega, as musas eram as nove filhas de Mnemosine e Zeus. Cada uma delas, era portadora de determinado dom artístico: astronomia, dança, comédia, tragédia, música sacra, poesia lírica, música e história.
Atualmente os museus cumprem diversas funções, cada um com sua temática e objetivos, como afirma o Estatuto dos Museus:

Art. 1o  Consideram-se museus, para os efeitos desta Lei, as instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento. (BRASIL, 2009)


Existem museus com as temáticas mais diversas possíveis, como o Museu Internacional das Privadas, em Delhi, na Índia; o Mütter Museum, na Philadelphia, sobre mistérios médicos e doenças bizarras, e Museu da Banana, em Washington.

Museu Internacional das Privadas
No momento atual, em que as tecnologias de informaçao e comunicação ocupam espaços cada vez mais relevantes na sociedade, surgem os webmuseus, também chamados de cibermuseus, museus digitais ou museus virtuais. Existem dois formatos principais desse tipo de instiuição, os que apresentam no site, a possibilidade de visitas virtuais, como réplicas ao museu original, e também instituições sem equivalência no mundo físico, mas com acervos e estrutura semelhante a um museu tradicional.

Na verdade, não me conforta a idéia que um museu exista apenas na rede, que seja apenas um espaço virtual, pois isso não permite a interatividade com o visitante. É muito válido que grandes museus ofereçam visitas virtuais, isso aproxima os usuários, curiosos e interessados podem ter acesso a espaços fisicamente distantes. Mas criar um museu apenas no mundo virtual, afasta o usuário, acaba com o caráter lúdico e interativo do museu. Mas o tempo está ai, e freiar o avanço da tecnologia, e o fascínio que ela desperta nas pessoas é tarefa impossível.
Já realizei visitas virtuais a alguns museus, o óbvio Louvre, é muito interessante, mas o site demora muito para carregar, e só tem as opções de língua em inglês ou francês.
Mas é possível uma exposição virtual ser interativa como uma presencial? Não creio nisso. Testei alguns sites de museus com exposições virtuais, e só era possível visualizar no sistema operacional Windows e baixando determinados programas. Usuários de software livre teriam dificuldade. Mas como não existem determinações específicas para exposições virtuais, é possível encontrar desde apresentações de power point, até fotografias em blogs com esta autodenominação.
Mas seja em qualquer formato, o museu é um aparato informacional, ele dissemina informação, comunica, preserva, expõe e conta uma história.

Referências

BRASIL. Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009. Institui o Estatuto de Museus e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11904.htm>. Acesso em 24 nov. 2010.

EXPOSIÇÕES. Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Disponível em: <http://www.ihgrgs.org.br/>. Acesso em 24 nov. 2010.

LOUREIRO, Maria Lucia de Niemeyer Matheus. Webmuseus de arte: aparatos informacionais no ciberespaço. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 2, p. 97-105, maio/ago. 2004

OLHAR da primavera. Museu de arte de Belém. Disponível em: <http://www.olhardaprimavera.blogspot.com/>. Acesso em 24 nov. 2010.
 

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