quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Revolução das Redes Sociais em 2010

Redes Sociais e Comunidades Virtuais

Redes de relacionamentos sempre existiram na história da humanidade. Não surgiram com a internet, apenas modificaram de formato, intensidade e abrangência.
A representação de uma rede é também a representação gráfica entre relações. Apresentam estrutura não hierárquica, horizontalizada e descentralizada.

As relações são de descentralização do poder e não há subordinação. Nas redes tem poder aqueles tem iniciativa e capacidade de estabelecer relações, conexões. A comunicação acontece em muitas direções e, apesar da mediação de tecnologias como a informática, seu fluxo não é controlado, apenas administrado. (AMARAL)

                                                
Participam da mesma rede, pessoas com interesses e/ou atividades em comum, são permeáveis, por isso não é possível definir com clareza exatamente o que une as pessoas nesses tipos de redes, pois geralmente existem mais de um fator envolvido.As redes cumprem a função comunicativa, acelerando a troca de contatos e informações. Quem participa de alguma dessas redes, está constantemente sociabilizando, informando e sendo informado por diversos meios.
As redes mais utilizados no Brasil são Orkut, Facebook, MySpace e Twitter, e possuem um crescimento constante.
Essa tecnologia mudou a maneira como as relações são estabelecidas, fazendo surgir o fenômeno das Comunidades Virtuais, que são apenas a efetivação dessas redes no espaço virtual. 
Essas comunidades virtuais não são construidas, nem administradas, elas de auto constroem e gerenciam.
Rompem a barreira física que os antigos meios de comunicação não alcançavam, tornando comum estabelecer relações com pessoas em países ou mesmo continentes diferentes.
Mas se por um lado, facilitam a troca de informações, por outro, tabém tornam essa mesma troca muito mais impessoal. Como afirma Primo, existe o temor "(...) que realidade virtual conste de um lugar asséptico, de informações precisas e pouco espontâneas, que possam destruir a sociabilidade."
Como profissional da informação, cabe ao bibliotecário recriar essa sociablidade, aliado a essas tecnologias da comunicação.





Referências

PRIMO, Alex Fernando Teixeira. A emergência das comunidades virtuais. In: Intercom 1997 - XX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 1997, Santos. Anais… Santos, 1997. Disponível em:<http://www.pesquisando.atraves-da.net/comunidades_virtuais.pdf>. Acesso em 20 nov. 2010.

Making of do Museu Virtual Anne Frank

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Webmuseus

O termo museu vem do latim "museum" que por sua vez se origina do grego "mouseion", denominação, na antiga Grécia, do templo ou santuário das musas. Segundo a mitologia grega, as musas eram as nove filhas de Mnemosine e Zeus. Cada uma delas, era portadora de determinado dom artístico: astronomia, dança, comédia, tragédia, música sacra, poesia lírica, música e história.
Atualmente os museus cumprem diversas funções, cada um com sua temática e objetivos, como afirma o Estatuto dos Museus:

Art. 1o  Consideram-se museus, para os efeitos desta Lei, as instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento. (BRASIL, 2009)


Existem museus com as temáticas mais diversas possíveis, como o Museu Internacional das Privadas, em Delhi, na Índia; o Mütter Museum, na Philadelphia, sobre mistérios médicos e doenças bizarras, e Museu da Banana, em Washington.

Museu Internacional das Privadas
No momento atual, em que as tecnologias de informaçao e comunicação ocupam espaços cada vez mais relevantes na sociedade, surgem os webmuseus, também chamados de cibermuseus, museus digitais ou museus virtuais. Existem dois formatos principais desse tipo de instiuição, os que apresentam no site, a possibilidade de visitas virtuais, como réplicas ao museu original, e também instituições sem equivalência no mundo físico, mas com acervos e estrutura semelhante a um museu tradicional.

Na verdade, não me conforta a idéia que um museu exista apenas na rede, que seja apenas um espaço virtual, pois isso não permite a interatividade com o visitante. É muito válido que grandes museus ofereçam visitas virtuais, isso aproxima os usuários, curiosos e interessados podem ter acesso a espaços fisicamente distantes. Mas criar um museu apenas no mundo virtual, afasta o usuário, acaba com o caráter lúdico e interativo do museu. Mas o tempo está ai, e freiar o avanço da tecnologia, e o fascínio que ela desperta nas pessoas é tarefa impossível.
Já realizei visitas virtuais a alguns museus, o óbvio Louvre, é muito interessante, mas o site demora muito para carregar, e só tem as opções de língua em inglês ou francês.
Mas é possível uma exposição virtual ser interativa como uma presencial? Não creio nisso. Testei alguns sites de museus com exposições virtuais, e só era possível visualizar no sistema operacional Windows e baixando determinados programas. Usuários de software livre teriam dificuldade. Mas como não existem determinações específicas para exposições virtuais, é possível encontrar desde apresentações de power point, até fotografias em blogs com esta autodenominação.
Mas seja em qualquer formato, o museu é um aparato informacional, ele dissemina informação, comunica, preserva, expõe e conta uma história.

Referências

BRASIL. Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009. Institui o Estatuto de Museus e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11904.htm>. Acesso em 24 nov. 2010.

EXPOSIÇÕES. Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Disponível em: <http://www.ihgrgs.org.br/>. Acesso em 24 nov. 2010.

LOUREIRO, Maria Lucia de Niemeyer Matheus. Webmuseus de arte: aparatos informacionais no ciberespaço. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n. 2, p. 97-105, maio/ago. 2004

OLHAR da primavera. Museu de arte de Belém. Disponível em: <http://www.olhardaprimavera.blogspot.com/>. Acesso em 24 nov. 2010.
 

Jornais digitais brasileiros

Jornais virtuais trazem muitas vantagens para bibliotecas e unidades de informação. Além da gratuidade de acesso ao conteúdo, também não ocupam espaço, nem causam preocupações ao gestor a respeito da forma correta de armazenamento. A busca por notícias e edições anteriores é facilitada com o uso de palavras chave.
A publicação diária Zero Hora traz as mesmas características de outros jornais virtuais, interação com o leitor, imagens, vídeos, notícias em tempo real.
Mas essa versão traz apenas resumos das notícias principais, para se ter acesso ao conteúdo completo, é necessário se cadastrar no site.



A notícia que está na capa de todos os jornais de grande circulação no país no dia de hoje, é a guerra urbana que está acontecendo no Rio de Janeiro. O Estadão, o Globo, a Folha, Estado de Minas, Diario Catarinense, todos estão noticiando.
Jornais de diferentes regiões do país divulgam a mesma notícia, cada um com sua abordagem, cada um com seus comentaristas, suas imagens e principalmente, seu ponto de vista.
A Zero Hora, inclusive disponibiliza um espaço para os leitores postarem vídeos e comentários sobre este fato ou sobre outras notícias.

Blogs em tempo real atualizam os leitores sobre cada passo da força policial.
Aliás, está é uma situação muito interessante, pois ao mesmo tempo que a mídia  corre para atualizar os portais, além dos leitores serem informados, também os criminosos que cometem os ataques acompanham as atividades.
As mídias digitais não tem fronteiras, não restringem o público, para ter acesso, basta conexão. E algumas vezes, acabam prestando um desserviço.

Jornais digitais internacionais

Os jornais digitais estão entre os meio de transmissão de informações de atualização mais rápidos da atualidade. Dessa forma, se tornam uma ferramenta fundamental ao exercício do bibliotecário.
Se há alguns anos atrás, um usuário precisasse de uma informação que foi divulgada em outro país, além dos custos de envio do exemplar do jornal, ou de uma cópia, era preciso saber exatamente que jornal publicou e quando, para dai entrar em contato com a editora, para que finalmente, o exemplar fosse enviado. Nesse meio tempo, semanas se passaram. Quando a informação chegar, não terá a mesma relevância.


Escolhi para analisar, o jornal El Pais, publicado no Uruguay. É publicado desde 1918, mas suas edições virtuais só podem ser acessadas a partir do ano 1995.

Logo na entrada do site, é possível visualizar as redes sociais que o portal participa.
Uma grande diferença entre a versão impressa e a versão on-line, é a interatividade. Existem vídeos, imagens coloridas, enquetes em tempo real, inclusive o espaço destinado a publicidade é carregado de vídeos  e imagens que se alternam., e inclusive, atrapalham um pouco a leitura.
No dia de hoje, o jornal El Pais publicou a seguinte campanha, no dia internacional de Combate a Violência contra a mulher: 

Violencia doméstica: una denuncia cada 35 minutos

Existe um vídeo, que pode ser assistido no site, e a convocação para que todos participem simbólicamente da campanha, amarrando
uma fita lilás no pulso.
A matéria também apresenta estatísticas sobre crimes  de violência doméstica e contra a mulher.
Esta data foi celebrada mundialmente, e o impacto disso é bem maior, quando se percebe que o mundo inteiro parou pra refletir sobre o tema no dia de hoje.
Não foi um ato isolado do El Pais uruguaio, a informação foi divulgada em grandes proporções. Deixa de ser um ato isolado, para se tornar coletivo.
Mais uma das vantagens de estarmos em rede.


Referências

VIOLÊNCIA doméstica: una denuncia cada 35 minutos. El Pais, Montevideo, 25 nov. 2010. Disponível em: <http://www.elpais.com.uy/101125/ultmo-531137/ultimomomento/violencia-domestica-una-denuncia-cada-35-minutos>. Acesso em 25 nov. 2010.

Jornais digitais

Mais uma tendência trazidas pelos avanços da Tecnologias da Informação e Comunicação: jornais virtuais. Ou também webjornais, jornais digitais, ciberjornais e jornais eletrônicos.
Têm a grande vantagem de agregar interatividade ao texto, é possível inserir hiperlinks, imagens, vídeos, espaçoes de discussão, jogos, e outras informações que os papel não comporta. As características da Web 2.0 já fazem parte do jornal on-line de cada dia.
Acredito que apesar de tudo isso, a maior vantagem ainda seja a atualização. Antes da internet, o veículo informativo mais rápido e atualizável era o rádio. Hoje em dia, os jornais on-line ocupam esse posto. Uma notícia pode ser adicionada ao jornal no mesmo dia de sua publicação, em tempo real.
Além de vantagens para os leitores, também trazem vantagens para os editores, pois o custo de produção e publicação é consideravelmente menor, o que faz com que esse setor cresça cada vez mais.
Com todas essas vantagens e benefícios, é inevitável que surjam previsões para o fim do jornal impresso, assim como alguns fatalistas pregam o fim do livro. Isso não vai acontecer, pelo menos não tão cedo.
Apesar de atingir uma parcela grande de leitores, vivemos em um país em que muitos não tem acesso à computador, muito menos internet. Ou seja, ainda dependem do jornal impresso e disponível na banca de revistas da esquina.
A leitura na tela de um computador é desconfortável aos olhos, e principalmente, essa leitura requer aparelhos eletrônicos, energia, conexão, alguns exigem login e senha... são muitos requisitos se comparados com a facilidade de abrir um jornal, folhear, realizar uma leitura dinâmica, em qualquer lugar, dobrar e colocar dentro da pasta ou na mesa.
O webjornalismo está se desenvolvendo, e as mídias tradicionais estão evoluindo junto. As antigas publicações impressas estão modificando seu conteúdo e meios de divulgação, e o novo jornalismo está sendo aprendendo e se modificando constantemente.
Além da redução no tamanho dos textos, também são divulgados em outros meios, principalmente nas redes sociais. Dessa forma, acabam penetrando de maneiras diferentes na rotina de seus leitores.

Repositórios de vídeos

Repositórios de vídeos são sites que armazenam e disponibilizam vídeos. São ferramentas da web que permitem capturar, organizar, recuperar, baixar e visualizar vídeos.
Tornaram-se muito populares pois são fáceis de usar, gratuitos (na sua maioria), e atingem uma grande massa de usuários.


O YouTube foi fundado em fevereiro de 2005, e se tornou atualmente o maior e mais acessado repositório de vídeos existente. É possível assistir ou compartilhar vídeos pela internet através do site, celulares, blogs e e-mail.
Mas, por desrespeitar certas diretrizes do site, alguns vídeos são removidos. Cenas de sexo e nudez, apologia a violência, atos perigosos, cenas inapropriadas com crianças ou que violem os direitos autorais, são removidos. A equipe de YouTube revisa todos os dias os vídeos marcados pelos usuários como inapropriados.
Isso quer dizer que os vídeos não são simplesmente postados e divulgados sem critérios, existe um controle de conteúdo, e uma equipe responsávek por monitorar isto, mas esta equipe conta com o auxílio dos usuário, que irão denúnciar materiais com conteúdo inapropriado ou ofensivo.

 
Repositórios de Vídeos Educativos


A proposta da vídeo aula, não é nova. Desde os anos 80, com os vídeocassetes e fitas VHS, esse recurso já era utilizado por quem buscava alguma especialização, desde cursos técnicos, instrumentos musicais e conteúdo de vestibular.
O grande diferencial dos repósitórios de vídeos educativos da internet, é a facilidade de acesso e diversidade de material.

Existem diversos sites com essa proposta:


















 




YouTube EDU 


Já a ferramenta YouTube Edu só foi disponibilizada em 2009. É um subsite do YouTube que disponibiliza gratuitamente material educativo que inclui vídeos de aulas ministradas por profesores, novas pesquisas efetuadas e demonstrações de campus universitários.
Estão cadatradas no site mais de 300 universidades e faculdades, incluindo a Universidade de Cambridge, Yale, Stanford, MIT, Universidade de Chicago e os Institutos de Tecnologia da Índia. Para visualizar todas as intituições cadastradas, clique aqui. Isto significa acesso a informações especializadas, vindas diretamente das maiores universidades do mundo, necessitando para isso, apenas acesso a internet.
Atualmente, é possível acessar a cursos universitários em sete línguas, de 10 países diferentes, com mais de 350 cursos completos, e mais de 65.000 vídeos. E estes números, só tendem a aumentar.

Youtube EDU: aulas gratuitas de universidades americanas





Referências

GREENBERG, Obadiah.  More courses and more college: YouTube EDU turns one. Broadcasting Ourselves, March, 2010. Disponível em: <http://youtube-global.blogspot.com/2010/03/more-courses-and-more-colleges-youtube.html>.Acesso em: 04 dez. 2010.


YOUTUBE. Diretrizes da comunidade. Disponível em: <http://www.youtube.com/t/community_guidelines>. Acesso em: 04 dez. 2010.